Queridos e Queridas!
Nessa última fase da faculdade, nesse ano cheio de expectativas, ansiedade e alegria, escrevi esse texto, que gostaria de compartilhar com vocês. Fala um pouquinho da minha vida, da experiência da faculdade e de como é importante corrermos atrás de nossos sonhos. Espero que gostem...
Um grande beijo,
Corujinha
Construímos nossas vidas em cima de
sonhos. Sonhos em longo prazo, sonhos eternos, um sonho momentâneo, por que
não? Alguns deles desaparecem com o tempo, surgem outros, esquecemos de alguns,
relembramos, corremos atrás, cansamos, desistimos, mas quando o sonho é
verdadeiro, ou seja, realmente um sonho, não desistimos jamais!
Fico intrigada com os desejos de
muitas pessoas. Cada um, em sua singularidade, traça sua vida de uma forma peculiar.
Isso me instiga a saber o motivo, a verdadeira razão de se ter em mente e em
foco o objetivo traçado.
Claro que alguns sonhos, são apenas
sonhos. Mas esses – prefiro reserva-los para a madrugada, para o pensamento
noturno abstrato.
Aqueles que traçamos uma linha reta,
e que queremos alcançar logo, esses sim me trazem curiosidade. Por quê? Para
que? Dúvidas ingênuas de uma pessoa incapaz de decifrar a mente de outra.
Desde a infância tecemos sonhos! Eu,
por exemplo, sempre sonhei em ser médica. Na época, gostaria de ser pediatra.
Com o sonho da medicina realizado, já possuo um novo desejo. Quero seguir
outros rumos... Quero ser neurocirurgiã!
Antes de querer ser médica, quis ser
bailarina, cantora e atriz! Tudo junto! Ah! E modelo também! Mas esse sonho só
durou até os quatro aninhos. Logo depois, já na escola, com cinco anos, recordo
de quando a professora perguntava aquela velha frase: “O que você vai ser
quando crescer?”. Além de adulta - pensava eu - quero ser médica de crianças,
respondia.
Nunca soube o verdadeiro motivo que
me levou a essa profissão. Eu simplesmente quis, sempre quis e nunca mudei de
idéia. Tive o prazer de conviver com outras profissões. Poderia ter sido
jornalista, atriz, ou qualquer profissão da área da comunicação, com muito mais
facilidade. Sem vestibulares estressantes. Sem madrugadas inteiras acordada
estudando. Sem intermináveis plantões.
Mas não. Nunca questionei minha
escolha. Sempre soube que estava no lugar certo, no meu lugar. E também sempre
soube que estaria preparada quando minha formatura chegasse.
E eis que ela está aí. Faltam alguns
meses apenas, para aquela garotinha de cinco anos realizar o sonho que a
acompanhou durante toda sua vida. Um sonho vivido em sua total plenitude, com
todas as emoções a que tive direito.
Tive ansiedade pré-prova, ansiedade
pós-prova, ansiedade pré-notas, ansiedade de início e fim de semestre.
Experimentei todos os tipos de estresse possíveis, incluindo estresse
pós-traumático-pós-dermato. Senti alegria a cada etapa vencida, a cada novo
estágio realizado, a cada pesquisa, pôster, congresso. E claro, aquela
felicidade, que ninguém nunca conseguiu entender, de quando eu encadernava um
polígrafo. Senti angústia pré e pós TCC e só não senti durante porque o
propranolol me ajudou. Mas nunca tive medo ou insegurança. Sempre soube. É aqui
que eu devo estar.
Ri, fiz festas, amigos, afinal, não
poderíamos viver só de estudos, caso contrário enlouqueceríamos. Ou seria
loucura uma condição para entrar na faculdade de medicina?
E os pacientes? Engraçados,
poliqueixosos, agradecidos, mal-humorados. Pacientes que me marcaram, que me
ensinaram algo. Por mais que a medicina seja considerada uma ciência exata, ela
não pode ser mais humana. Uma verdadeira arte! E voltando aos pacientes, nunca
esquecerei da pergunta: “Você não é muito nova para ser médica?”. E a minha
resposta totalmente manjada: “Sou mais velha do que você imagina”, sempre
acompanhada de uma gargalhada, um sorriso, pois eu mesma sabia que era jovem
mesmo.
Após SAMU, emergências, postinhos,
partos, muitas crianças com IVAS, cirurgias de hérnias, clinicagem, suturas
(infinitas suturas...), sala 06, correrias no dia e na noite (e nas madrugadas
claro – aquelas em que todos sentiam sono e eu saltitava no plantão), cirurgias
(em especial as minhas amadas “cabeças quebradas”), UTI’s, ambulatórios posso
dizer com muita felicidade o quanto me orgulho de fazer parte desse universo
maravilhoso.
Sou suspeita... amo o que faço! Posso
falar por horas e horas de quanto sou feliz na profissão que escolhi. Aquela
que escolhi pequenininha. E logo, aquela garotinha que no interior dizia que um
dia iria ser médica, está prestes a realizar o maior sonho da sua vida.
Com muito orgulho, posso dizer: Eu
consegui!!!
Ai q legal corujinha. Mt sucesso nessa sua escolha viu. Eu acho tao bonito quando as pessoas falam assim com tanta certeza e felicidade sobre suas profissoes, pq eu sou completamente perdida e ainda ñ encontrei qual quero seguir =/
ResponderExcluirMuito obrigada Linda! Mas não se preocupe, você vai se encontrar...tem uma frase do Fernando Sabino que eu adoro... "No final tudo dá certo, se não deu certo é porque ainda não chegou ao fim".
ResponderExcluirBjãooooo
Que lindo! *-* Confesso que senti um tanto de inveja por vc ter escolhido uma profissão e amá-la! =)Escolhi uma e não amo, apenas gosto. Sendo assim, tenho certeza que serás uma maravilhosa profissional! Boa sorte! =D (Dona Sinhá)
ResponderExcluirLINDO, LINDO, LINDO...meu AMOR! Tu sabes que o sucesso já faz parte do teu futuro. TE AMO! Beijão!
ResponderExcluirQ liiindo! Fiquei emocionada c sua paixão, eu considero esse o principal ingrediente p se dar bem na vida.
ResponderExcluirSorte dos seus pacientes, q serão tratados por uma médica tão humana e interessada. Eu espero q vc continue assim, msm c os estresses q a vida vá te trazer, q sempre encontre em CADA paciente um ser humano único, e q a rotina ñ te aprisione.
MUUUUITA sorte nessa nova fase de profissional! =)